Problema para alguns, solução para outros, a questão das fundas está longe de ser consensual no meio ganadeiro internacional.
Em Portugal não é propriamente motivo de concórdia ou discórdia uma vez que maioritariamente os touros lidados são para corridas à Portuguesa, onde obrigatoriamente se embolam, não se colocando assim problemas de reconhecimentos e de recusas de corridas inteiras ou touros de determinado encierro por problemas de pitons.
O mesmo não se passa em Espanha, França e América Taurina, onde a integridade dos pitons é condição sine qua non para aprovação das corridas.
Enfundar um touro implica manuseá-lo, levá-lo à manga, manipulá-lo, facto que quer para defensores como para opositores é consensualmente negativo.
De entre os vários argumentos, a favor e contra, há-os mais ou menos sólidos e refutáveis.
Comecemos pelos argumentos favoráveis, enfundar um touro evita infecções próprias das córneas, fungos e erosão natural do piton, reduz a probabilidade de quebra da parte final do corno, o diamante, por se utilizar uma superfície cónica resistente que envolve a ponta do corno, anula a possibilidade de cornadas externas, ou seja, com perfuração.
Em contra desta operação está o facto de, como já vimos, se manusear demasiado os touros, deixando-os "avisados", aumentando o stress, que poderá ter efeitos no decurso da lide. Enfundar, quando mal feito, pode também afectar o normal crescimento do piton, deixando-o privado de oxigénio, podendo inclusivamente atrofiar ou afectar a resistência do mesmo na lide, por exemplo aquando do remate nos burladeros. Há ainda a questão da nobreza e da imagem do touro, a sua dignidade, um animal bravo imponente, com fita adesiva em volta do seu símbolo de força...tirando-lhe assim poder e até humilhando, como defende D. Fernando Cuadri.
No entanto o argumento mais forte e menos refutável contra os cornos enfundados prende-se com o facto de esta operação não evitar baixas, ou mesmo reduzi-las, como já vimos anula o número de cornadas com perfuração, fatais, mas não evita as cornadas internas, sem perfuração e igualmente fatais, embora de forma "invisível" ou imperceptível, provocando graves lesões internas, com derrames e afectando órgãos vitais.
Por aqui se pode ver a tinta que já correu e que ainda irá correr sobre este tema, eu pessoalmente, se se me colocasse o problema , se fosse ganadeiro, se pudesse e conseguisse lidar em corridas de morte, enfundaria, com todos os prós e contras pesados, retiro mais benefícios que prejuizos, embora reconheça sempre que a dignidade do touro é beliscada com a operação de enfundar.
Longe de estar resolvido, haverá ambas facções e a Festa precisa delas, para que através da experimentação reiterada se consiga obter uma conclusão final, se os touros devem afinal andar com elas ou sem elas.
De entre os vários argumentos, a favor e contra, há-os mais ou menos sólidos e refutáveis.
Comecemos pelos argumentos favoráveis, enfundar um touro evita infecções próprias das córneas, fungos e erosão natural do piton, reduz a probabilidade de quebra da parte final do corno, o diamante, por se utilizar uma superfície cónica resistente que envolve a ponta do corno, anula a possibilidade de cornadas externas, ou seja, com perfuração.
Em contra desta operação está o facto de, como já vimos, se manusear demasiado os touros, deixando-os "avisados", aumentando o stress, que poderá ter efeitos no decurso da lide. Enfundar, quando mal feito, pode também afectar o normal crescimento do piton, deixando-o privado de oxigénio, podendo inclusivamente atrofiar ou afectar a resistência do mesmo na lide, por exemplo aquando do remate nos burladeros. Há ainda a questão da nobreza e da imagem do touro, a sua dignidade, um animal bravo imponente, com fita adesiva em volta do seu símbolo de força...tirando-lhe assim poder e até humilhando, como defende D. Fernando Cuadri.
No entanto o argumento mais forte e menos refutável contra os cornos enfundados prende-se com o facto de esta operação não evitar baixas, ou mesmo reduzi-las, como já vimos anula o número de cornadas com perfuração, fatais, mas não evita as cornadas internas, sem perfuração e igualmente fatais, embora de forma "invisível" ou imperceptível, provocando graves lesões internas, com derrames e afectando órgãos vitais.
Por aqui se pode ver a tinta que já correu e que ainda irá correr sobre este tema, eu pessoalmente, se se me colocasse o problema , se fosse ganadeiro, se pudesse e conseguisse lidar em corridas de morte, enfundaria, com todos os prós e contras pesados, retiro mais benefícios que prejuizos, embora reconheça sempre que a dignidade do touro é beliscada com a operação de enfundar.
Longe de estar resolvido, haverá ambas facções e a Festa precisa delas, para que através da experimentação reiterada se consiga obter uma conclusão final, se os touros devem afinal andar com elas ou sem elas.